O acusado de torturar e matar
a jovem Ana Beatriz Andrade, de 14 anos, no Morro dos Macacos, em Vila Isabel,
na Zona Norte do Rio, no último sábado, foi preso na madrugada desta
terça-feira numa ação conjunta da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) local e
Delegacia de Homicídios (DH) da Capital. Gutemberg Rodriguez Minas, de 19,
confessou o crime e disse ter estuprado a vítima. O acusado conhecia a vítima
de vista da comunidade.
Segundo informações do Comando de
Polícia Pacificadora (CPP), Gutemberg foi preso após denúncia feitas por
moradores, revelando quem tinha matado a adolescente e onde estava escondido.
Na região conhecida como Lote, mesmo local onde aconteceu o crime, o suspeito
foi localizado e levado para a delegacia. Com ele, os policiais apreenderam o
tablet da menina e as chaves da casa da vítima.
Gutemberg vai responder pelos crimes
de estupro e de homicídio triplamente qualificado pela asfixia, para garantir a
impunidade no estupro e pelo feminicídio. A adolescente será enterrada nesta
terça-feira, às 11h, no Cemitério do Catumbi, na Zona Norte.
Entenda o caso
No último sábado, a jovem Ana
Beatriz Andrade foi encontrada amarrada, amordaçada e com sinais de estupro no
interior de sua casa, na localidade conhecida como Lote, no Morro dos Macacos.
Policiais da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) local foram à residência
depois que uma vizinha fez uma denúncia. Ainda com vida a garota foi
encaminhada para o Hospital Federal do Andaraí, mas não resistiu aos
ferimentos.
Na ocasião, a doméstica Soraya Silva
Oliveira, de 45 anos, mãe da vítima revelou ao DIA que um dos suspeitos poderia
ser o pai da menina, que teria sido visto por um vizinho, rondando a comunidade
no dia do crime. Mas a polícia provou que ele não tem nada a ver com o crime,
prendendo o verdadeiro acusado. Nesta segunda-feira, Soraya passou todo o dia no
cartório, funerária e IML para liberar o corpo da filha.
De acordo com Soraya, médicos do
Hospital do Andaraí, para onde Ana Beatriz foi levada ainda com vida, disseram
a ela que a menina não sofreu violência sexual como chegou a ser divulgado.
Soraya disse que jamais deixava a
menina sozinha. Aluna do oitavo ano do Ensino Fundamental, Ana Beatriz estudava
de manhã e, à tarde, ia para o trabalho da mãe. À noite, seguia para o Colégio
Pedro II, no Engenho Novo, onde aguardava Soraya, aluna do curso de informática.
“Eu ia fazer faculdade de psicologia
e a minha filha queria estudar na Inglaterra”, diz, aos prantos. Aos 10 anos,
Ana Beatriz ganhou uma bolsa num colégio particular, em Vila Isabel. Ela fazia
parte do projeto Morada da Esperança, que acolhe meninas de família com baixa
renda.
fonte: O Dia
fonte: O Dia
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