O perito do Instituto de Criminalística Gilmario Lima, que está na equipe da Polícia Civil que investiga o assassinato da menina Beatriz Mota, em Petrolina, no Sertão de Pernambuco, afirmou nesta terça-feira (29) que a garota de 7 anos não foi morta dentro da sala de material esportivo, onde o corpo foi encontrado.
De acordo com Lima, o corpo foi colocado por trás
de um armário, local onde “não havia sinais de que poderia ter acontecido um
homicídio com arma branca com tamanha brutalidade”.
Outra informação nova foi a de que três chaves que
dão acesso ao espaço teriam sumido em novembro do ano passado. As chaves
pertenciam a um segurança e dois assistentes de disciplina da escola. Elas dava
acesso a três portões que fecham uma triangulação para rota de entrada e de
fuga para os suspeitos.
Sobre as pessoas que poderiam ter participado do
crime, o delegado Marceone Ferreira Jacinto, responsável pelas investigações,
disse que trabalha com cinco personagens. Ele evitou divulgar nomes ou imagens
e disse que as pessoas não serão presas até que mais provas sejam obtidas. “Não
é um caso qualquer”, justificou.
Todas teriam entrado em contradição durante os
depoimentos, de acordo com o delegado. As ações e atitudes tomadas pelos suspeitos
ainda estão sendo investigadas pela polícia. Cerca de 2 mil pessoas
participavam do evento na quadra do colégio.
Um homem foi visto nas imagens das câmeras de
segurança visivelmente nervoso; outro negou ter estado dentro da quadra mas é
visto lá nas imagens; outro pediu para não trabalhar na quadra no dia do crime,
mas testemunhas disseram que ele esteve lá; uma mulher que é vista nas imagens
seguindo em direção ao local em que o corpo foi achado e um quarto homem, que
teria entrado em uma sala vazia e passado 1h40 no local.
O delegado aproveitou para reforçar a divulgação do
retrato falado de um dos suspeitos de participar do crime. Nove testemunhas
teriam confirmado a presença deste homem próximo ao bebedouro, para onde
Beatriz teria ido quando desapareceu.
Este homem é apontado pela polícia como um dos
suspeitos de ter matado a menina. De acordo com as investigações, esta mesma
pessoa – que estava de blusa verde – teria abordado outra criança e a chamado
para ajudá-lo a “pegar umas mesas ali”, mas ela saiu correndo. Segundo testemunhas,
o homem teria entrado no banheiro infantil e feminino, além do masculino.
Ao ser perguntado se o crime foi premeditado, o
delegado Marceone afirmou que “isso é o que a investigação vem mostrando”, mas
ainda é necessário provar algumas hipóteses.