Mesmo após confessar em delação premiada que pagaram
propina para diversos políticos e gestores públicos em troca de financiamentos
de fundos de pensão de estatais e bancos públicos, os irmãos Joesley e Wesley
Batista, controladores da J&F Investimentos, não serão presos ou usarão
tornozeleira eletrônica. Os irmãos ainda terão direito de manter residência nos
Estados Unidos. O acordo nem sequer prevê o afastamento deles de funções
executivas na holding e nas demais companhias do grupo, como a JBS. Os Batista
e os outros cinco delatores pagarão somente uma multa de R$ 225 milhões, menos
do que os mais de R$ 1 bilhão que teriam
ganhado em especulação no mercado financeiro.
Embora a
companhia tenha de pagar outros R$ 11,2 bilhões em acordo de leniência proposto
pelo Ministério Público Federal (MPF), terá prazo de 10 anos para ressarcir os
cofres públicos. Se os depósitos forem mensais, o grupo gastará R$ 93,3
milhões, montante insignificante perto da receita líquida de R$ 170,3 bilhões
da JBS, uma das diversas empresas. A proposta feita pela J&F aos
procuradores era de pagamento de apenas R$ 1 bilhão, mas foi recusada
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