Os tiros contra a caravana do ex-presidente Lula não
deixam dúvida: a violência política a um perigoso degrau e há de fato, para
além do discurso da esquerda, uma onda fascista no ar. Ela é que insufla grupos
exaltados a tentarem eliminar da cena pública, pela violência, aqueles de quem
discordam. No caso de Lula, é claro: se não o prendem, vamos mata-lo.
Enquanto a Polícia Federal não se anima a entrar nas
investigações, ela avança por outros caminhos.
O Coletivo de Advogadas e Advogados pela Democracia (CAAD), organização
não-governamental que defende os direitos humanos e a ordem democrática,
apresentou denúncia hoje ao Ministério Público do Paraná, apontando dez pessoas
como suspeitas de serem autores dos tiros contra dois ônibus da caravana do
ex-presidente Lula na noite desta
terça-feira. Os nomes não foram revelados.
A denúncia baseia-se em mais de cem e-mails enviados
por pessoas que atenderam ao chamado da entidade para colaborar com as
investigações. Elas enviaram fotos de pessoas que aparecem atirando pedras
contra integrantes da caravana e muitas postagens em grupos de whatsapp. Nelas,
as pessoas denunciadas, e identificadas nas fotos, fazem ameaças de morte a
Lula, planejam ataques à caravana e aos caravaneiros. Elas tratam da compra de
“miguelitos”, espécie de pregos que foram espalhados pela estrada e furaram
pneus de um dos ônibus, e também da compra de armas. “Vai na loja de arma compra uma puma 38 ou
44, é mais fácil que do q vc imagina (sic)”, diz um deles numa mensagem do
grupo. Os números dos telefones foram
fornecidos ao Ministério Público na ação recebida pelo procurador Olympio Sotto
Mayor Neto, coordenador do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de
Justiça de Proteção aos Direitos Humanos do Ministério Público do Paraná
Segundo a advogada Tania Mandarino, do CAAD, como se
trata de crime de ação penal pública, “o legitimado é o Ministério Público, a
quem cabe promover a ação penal”.
via Jornal do Brasil

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