O genoma do vírus Zika, coletado no organismo de
mosquitos do gênero Culex, foi sequenciado por cientistas da Fundação Oswaldo
Cruz (Fiocruz) em Pernambuco. Com o sequenciamento, foi descoberto que o vírus
consegue alcançar a glândula salivar do animal, o que indicaria, segundo a
instituição, que o pernilongo pode ser um dos transmissores do vírus Zika.
Os resultados foram publicados hoje (9) na revista
Emerging microbes & infections, do grupo Nature. O artigo é intitulado
“Zika virus replication in the mosquito Culex quinquefasciatus in Brazil” e
pode ser encontrado na íntegra na internet.
Os mosquitos do gênero Culex foram colhidos na
Região Metropolitana do Recife, já infectados. A equipe do Departamento de
Entomologia da instituição conseguiu, então, comprovar em laboratório que o
vírus consegue se replicar dentro do mosquito e chegar até a glândula salivar.
Foi fotografado por microscopia eletrônica, também pela primeira vez, a
formação de partículas virais do Zika na glândula do inseto.
Também foi comprovada a presença de partículas do
vírus na saliva expelida do Culex, coletadas pelos cientistas. De acordo com a
Fiocruz, o artigo “demonstra” a possibilidade de transmissão do vírus Zika por
meio do pernilongo na cidade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário