Após 17 horas de rebelião no Compaj (Complexo
Penitenciário Anísio Jobim), em Manaus, a Secretaria de Segurança Pública
informou que entrou no presídio às 7h (9h no horário de Brasília) desta
segunda-feira (2). Segundo o secretário de Segurança Pública do Estado, Sérgio
Fontes, ao menos 56 detentos foram mortos. No início da tarde, o número de
mortos divulgado era de mais de 60, mas a informação foi corrigida mais tarde.
Além da rebelião, 87 presos fugiram de outra unidade
prisional horas antes.
Fontes atribuiu o problema a uma guerra entre
facções rivais pelo controle de tráfico de entorpecentes em Manaus. A facção
conhecida como FDN (Família do Norte) teria atacado membros do PCC (Primeiro
Comando da Capital). Segundo informações da Seap (Secretaria de Estado de
Administração Penitenciária), o regime fechado do Compaj tem capacidade para
454 presos e abrigava 1.224. Um excedente de 770 presos. O regime semiaberto do
mesmo presídio onde ocorreu a rebelião, com capacidade para 138 presos, contava
com 602 antes dos assassinatos. Neste setor, o excedente era de 464 presos. O
complexo está localizado no km 8 da BR-174, na capital do Amazonas.
"Na negociação, os presos exigiram praticamente
nada. Apenas que não houvesse excessos na entrada da PM, coisas que não iriam
ocorrer mesmo. O que acreditamos é que eles já haviam feito o que queriam, que
era matar essa quantidade de membros da organização rival e a garantia que não
seriam agredidos pela polícia. A FDN massacrou os supostos integrantes do PCC e
outros supostos desafetos que tinham naquele momento. Não houve contrapartida
da outra facção", declarou o secretário.
(UOL)
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