Um grupo de trabalho da Organização Mundial da Saúde
(OMS), em parceria com a Universidade de Berna, na Suíça, fez uma análise de 72
estudos publicados sobre o vírus da zika e confirmou sua relação com a síndrome
de Guillain-Barré. O artigo foi publicado nesta terça-feira (3) na revista
“PLoS Medicine”.
A síndrome de Guillain-Barré é uma condição rara em
que o sistema imunitário do paciente ataca os nervos periféricos. Ela é mais
frequente no sexo masculino, mas pessoas de todas as idades podem ser afetadas.
Os pacientes sentem fraqueza e sensação de dormência, que geralmente começam
nas pernas, braços e rosto.
A OMS já havia se posicionado e dito que alguns
casos de zika levavam ao Guillain-Barré. Em março de 2016, a organização disse
que havia um “forte consenso científico” de que o vírus é uma das causas da
síndrome. Até então, a relação não havia sido totalmente comprovada.
Os grupos da OMS e da universidade suíça usaram
essas 72 pesquisas (publicadas até 30 de maio de 2016) que incluíam dados sobre
o zika e suas consequências à saúde. Foram estabelecidos dez critérios de
causalidade para relacionar o vírus à síndrome. Depois, revisaram toda a
literatura já publicada e abordaram os resultados - um painel de especialistas
foi convocado para avaliar a revisão.
A equipe concluiu que pelo menos oito dos dez
critérios foram atendidos entre as 72 pesquisas. Além disso, artigos publicados
após a revisão inicial de literatura - de 30 de maio a 29 de julho de 2016 -
reforçaram os achados da OMS e da universidade suíça.
(G1)
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